sábado, 25 de agosto de 2012


VAI UM CAFEZINHO?  AÇÚCAR OU ADOÇANTE?
  


                 Quem viver, verá!  Vivi e vi.  Um cafezinho, às nove e meia da manhã, oferecido por uma simpática mocinha.  Isso, na sala de atendimento aos idosos do DETRAN, ali na Presidente Vargas.  Tive outra surpresa igualmente agradável semana passada, no mesmo órgão, só que na Rua da Ajuda.  

                Não sou a única a ter queixas quanto ao atendimento nos órgãos públicos. Somos muito mais que a galera do Flamengo junto com a do Coríntians.  Minha experiência como cidadã, em geral, foi mais para o desfavorável –em cerca de oitenta por centos das vezes, fiquei insatisfeita.

                   Para o atendimento na Rua da Ajuda, estava agendada para nove e trinta, mas cheguei dez minutos antes. Fiquei assustada com as  centenas de pessoas ocupando aquela infinidade de cadeiras, cores variadas marcando os não sei quantos guichês, enfim, um ambiente que justificaria um tempo enorme de espera.  Incrédula, percebi que foi o tempo de pegar a senha e, correndo, ir para o guichê que o sistema já indicava para meu número! Apresentei os documentos que haviam exigido e, em exatos 6 minutos, saí de lá com o certificado de registro e licenciamento do carro para esse ano de 2012.  Antes das nove e trinta, tinha resolvido tudo.  Não deve ser sempre assim, mas tampouco devem ser horas de espera, como antigamente.

                   No dia do tal cafezinho, cheguei 20 minutos antes, isso na Presidente Vargas, para tirar a permissão internacional para dirigir.  Fui atendida exatamente às 10 horas... o horário agendado.   A atendente resolveu o problema que eu mesma criara, ao pedir a tal permissão internacional antes de renovar a carteira de motorista comum, que preciso para dirigir no Brasil.  Sorrindo, mudou o pedido.  Para enfrentar o trânsito do mundo, resolvo depois.   Na espera pelo atendimento, foi oferecida um café.  Não curti a gentileza apenas por não gostar dessa bebida, mas achei a iniciativa ótima.

                   No ano passado, no Dia do Idoso, em setembro, foi oferecido um lanche mais ou menos na hora almoço e, à tarde, o coral do órgão se apresentou para alegrar a turma de velhinhos.   Isso não teria qualquer valor se não tivéssemos o atendimento propriamente dito de boa qualidade. O melhor de tudo é que se tem.   Os serviços na Rua da Ajuda, que são dirigidos a todos os cidadãos, também foi nota mil.   Ou já se foi o tempo que nos desesperávamos para resolver os problemas junto ao DETRAN, ou foi apenas muita sorte!

                   Não deveria estar aqui elogiando o que deveria ser o procedimento usual, como também não devemos chamar de honesto quem devolve o que acha por aí.  Isso é o que deve ser feito naturalmente, sem  aplausos, sem destaque.  Mas é natural, também, quando se vive na extrema falta, querer exaltar essas diferenças.

                   Vi uma luz no fim do túnel e tive uma ideia.  Quem tal elogiarmos bastante, tornando público esse “modus operandi”, fazendo com que outros órgãos sintam-se atingidos em seus brios e tomem vergonha?  Bem, mesmo sem ter provado o que era servido, adorei o cafezinho do DETRAN, e para ele levanto um brinde!

4 comentários:

  1. Oi, Ana
    Estou de queixo caido. Até parece ficção. Sou do tempo em que só se resolvia qualquer coisa no Detran através do despachante. Ele cobrava mais caro porque dizia que tinha que molhar a mão do menino...
    Será que estamos chegando na civilização? Espero que sim, mas ainda há muitas repartições jurássicas, onde ficamos à mercê do todo poderoso burocrata de plantão.
    Sua crônica é estimulante.
    Parabéns.
    Beijos
    Alberto

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  2. Pois acredite. Dias depois, fui buscar a carteira pronta. Cheguei as 8, horário de abertura... Em menos de 8 minutos já estava saindo. Enfim, uma luz no fim do túnel.
    beijos

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  3. Por ter saído em duplicada, decidi remover.

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